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domingo, 30 de outubro de 2011

VERA : TRABALHO , COMPETÊNCIA , SERIEDADE E RESPEITO

                     VERA LUCIA E A EDUCAÇÃO DE PIRAMBU : UMA RELAÇÃO POSITIVA 



Há cerca de 4 meses como secretária de educação do municipio de Pirambu, Vera Lucia Santana está conseguindo resgatar a credibilidade da educação de Pirambu. Com muito trabalho, respeito aos professores e a todos os profissionais da educação, imparcialidade, competência e mormente amor a educação. Vera Lúcia tem conseguido plantar a semente da mundança, as escolas brevemente passarão por reformas e  recentemente foi implantando o piso salarial para os professores do municipio , após uma longa luta ,Vera junto aos  professores Gilvan e Nadia e demais membros do sintese  tiveram um papel decisivo no pagamento do piso salarial para os professores de Pirambu. Deve-se ressaltar  que Vera e os companheiros Gilvan e Nadia mostraram acima de tudo honestidade , competência na luta pelo melhor para educação e pelos professores de Pirambu, e continuam na luta ,  são todos dignos de respeito.  Sabe-se que as mudanças não acontecem da noite para o dia, mas Vera mostra confiança e vontade de concretizar as esperadas   mudanças na educação de Pirambu.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A PROFESSORA JUCIMONE DEIXOU SAUDADE

                                                       VALEU JUCIMONE !


                                               NUNCA ESQUECEREMOS VOCÊ !

A Escola Municipal Mário Trindade Cruz está perdendo uma grande professora. Jucimone deixará saudade, um exemplo de profissional compromissada com a educação, uma pessoa íntegra, politizada. Jucimone é digna de vários adjetivos positivos.

Como se diz o ditado popular: infelizmente tudo que é bom dura pouco e chegou ao fim a história de Jucimone no Mário Trindade. Jucimone pedirá exoneração do município de Pirambu, pois  foi convocada pela prefeitura municípal de Aracaju. Foram quatro anos de contribuição com a escola Mário Trindade e sem dúvida Jucimone foi uma das melhores professoras  que já lecionaram na nossa escola. 

Em nome de todos os professores e alunos  que fazem parte da família Mário Trindade Cruz te desejamos boa sorte nessa nova jornada.

Você não será mais companheira de escola, mas a amizade ficará  para sempre.

Valeu Jucimone! 
Que você seja muito feliz!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Posse do Conselho Municipal de Educação

Amanhã, às 9 h, na Câmara Municipal de Vereadores de Pirambu, acontecerá a Posse dos Novos membros do Conselho Municipal de Educação.
Assim composto:
- Presidente: Liliane Vieira Nunes( representante dos professores da Rede Municipal de Ensino;
- Vice-presidente: Aline Batista do Espírito Santos (representante da Rede Particular de Ensino).

A EDUCAÇÃO - PAULO FREIRE

A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.
 ( Paulo Freire )

O AFETO: Um caminho para a Educação

O AFETO: Um caminho para a Educação


Diante dos dias agitados por que passa a sociedade atual, só existe uma maneira eficiente de fazer com que desponte um novo tempo, neste inicio do terceiro milênio: a educação.
Somente através da educação bem fortalecida poderá surgir um ser humano renovado para viver no século XXI.
Mas, educar não significa apenas transmitir padrões sócio-culturais, nem acompanhar o desenvolvimento físico-intelectual da criança ou passar uma série de informações pela instrução formal.
A educação, bem entendida, consiste em formar o homem de bem, cuidando do seu duplo aspecto: espiritual e físico.
A violência hoje se espalha por todos os cantos e produz a desgraça, num mundo onde o ser humano vem perdendo o senso de fraternidade, de solidariedade, devido aos
. conflitos de opiniões,
. às imposições do intelecto sobre o sentimento,
. à robotização que transforma o ser humano em máquina, a repetir atividades que lhe destroem a capacidade de criar, de enriquecer-se de novos valores espirituais.
Educar, no sentido que o termo exige, é desenvolver, cultivar, fazer brotar, elevar, fazer crescer, não de maneira unilateral, mas de forma integral, para que o educando possa ser o cidadão honrado que todos desejamos encontrar na sociedade da qual fazemos parte.
E para que se atinja esse grandioso objetivo será preciso, antes de tudo, duas premissas básicas:
. amor e
. auto-educação.
Amar para educar e auto-educar-se para amar.
Esse binômio: amor e auto-educação deverá ser o denominador comum para pais e mestres.
Aos pais não basta amar, é preciso que seu amor seja firme, sem tirania, e terno, sem pieguice.
Aos mestres não basta instruir, transmitir informações áridas, sem o real enriquecimento do conteúdo com o tempero do afeto.
É preciso que haja uma união de forças entre pais e mestres para que se consiga o êxito na reforma moral da humanidade.... Para que se possa ver o despontar da verdadeira aurora do terceiro milênio...
É preciso que o ser humano passe a ser o tesouro mais valioso do planeta, para que entenda o papel que lhe cabe na obra do Criador.
É preciso que não se tente resumir o ser humano a uma simples máquina de fazer sexo, fabricar dinheiro, se projetar sob as luzes transitórias dos holofotes da fama.
É preciso que se compreenda a realidade imortal do homem.
É preciso que se entenda, de vez por todas, que o ser humano não é um amontoado de ossos e músculos, numa breve experiência espiritual.
O homem é um ser espiritual, imortal, vivendo uma breve experiência num corpo carnal, frágil e perecível, que caminha na direção do túmulo.
E, por fim, é preciso que se viva como ser imortal, que terá que prestar contas dos seus atos à vida e à própria consciência, assim que se desembaraçar da carne.
Se pais e mestres, que geralmente também são pais, amassem para bem educar e se auto-educassem para amar, o panorama do mundo se transformaria em pouco tempo, para melhor.
Veríamos no lar, que é a primeira escola, as crianças aprendendo o respeito ao semelhante, a dignidade, a honradez, a liberdade intelectual, o respeito a si mesma e ao próximo.
E, na escola, com mestres conscientes do seu nobre dever, aprenderiam as lições para iluminar o intelecto, mas sempre acompanhadas com os componentes do amor e da ternura.
Eis uma receita infalível...
Eis a solução para banir, definitivamente, a violência da face da Terra.
A educação sem um propósito de transcendência, de ir um pouco mais além, é uma idéia vazia e estreita e pode sempre se tornar instrumento de manipulação dos poderes sociais.
Vou lhes contar uma história:
Havia um aluno muito agressivo e inquieto naquela escola.
Ele perturbava a classe e arrumava freqüentes confusões com os colegas.
Era insolente e desacatava a todos.
Repetia os mesmos erros com freqüência.
Parecia incorrigível.
Os professores não mais o suportavam.
Cogitaram até mesmo de expulsá-lo do colégio.
Antes disso, porém, entrou em cena um professor que resolveu investir naquele aluno.
Todos achavam que era perda de tempo, afinal, o jovem era um caso perdido.
Mesmo não tendo apoio de seus colegas, o professor começou a conversar com aquele jovem nos intervalos das aulas.
No início era apenas um monólogo, só o professor falava.
Aos poucos, ele começou a envolver o aluno com suas próprias histórias de vida e com suas brincadeiras.
De modo gradativo, professor e aluno construíram uma ponte entre seus mundos.
O professor descobriu que o pai do rapaz era alcoólatra e espancava o garoto e sua mãe.
Compreendeu que o jovem, aparentemente insensível, já tinha chorado muito e, agora, suas lágrimas pareciam ter secado.
Entendeu que sua agressividade era uma reação desesperada de quem pedia ajuda.
Só que ninguém, até então, havia decifrado sua linguagem.
Era mais fácil julgá-lo do que entendê-lo.
O sofrimento da mãe e a violência do pai produziram zonas de conflito na memória do rapaz.
Sua agressividade era um eco da violência que recebia.
Ele não era réu, era vítima.
Seu mundo emocional não tinha cores.
Não lhe haviam dado o direito de brincar, de sorrir e de ver a vida com confiança.
Agora estava perdendo também o direito de estudar, de ter a única chance de progredir.
Estava para ser expulso do colégio.
Ao tomar consciência da real situação, o professor começou a conquistá-lo.
O jovem sentiu-se querido, apoiado e valorizado, pela primeira vez na vida.
O professor passou a educar-lhe as emoções.
Ele percebeu, logo nos primeiros dias, que por trás de cada aluno arredio, de cada jovem agressivo, há uma criança que precisa de afeto.
Em poucas semanas todos estavam espantados com a mudança ocorrida.
O rapaz revoltado começou a demonstrar respeito pelos outros.
Abandonou sua agressividade e passou a ser afetivo.
Cresceu e tornou-se um aluno extraordinário.
Tudo isso porque alguém não desistiu dele.
Professores ou pais, todos queremos educar jovens dóceis e receptivos.
Queremos ver brotar diante de nossos olhos as sementes que semeamos.
No entanto, são os jovens que nos desapontam, que testam nossa qualidade de educadores.
São filhos complicados que testam a grandeza do amor dos pais.
São os alunos insuportáveis que testam a capacidade de humanismo dos mestres.
Pais brilhantes e professores fascinantes não desistem dos jovens, mesmo que eles causem frustração e não lhes dêem o retorno imediatamente esperado.
Paciência é o segredo.
A educação do afeto é a meta.
Os alunos que mais decepcionam hoje poderão ser aqueles que mais alegrias nos trarão no futuro.
Basta investir tempo e dedicação a eles.
Certa vez um economista participava de um debate, em que se discutia o desemprego e, após um engenheiro falar sobre a contribuição da construção civil na demanda por mão-de-obra, o mediador, entre irônico e sério, fez a seguinte afirmação-pergunta: “os professores não constroem pontes; logo, o que eles podem fazer para ajudar a diminuir o desemprego?”
Sem tempo para pensar, o hábil polemista respondeu, também entre irônico e sério: “realmente um professor não constrói pontes, não levanta edifícios, não pilota aviões, não cura doentes... Essas atividades tão visíveis e responsáveis por tantos empregos.

O professor se contenta com algo mais simples: ele prefere construir o engenheiro que levanta as paredes, instruir o comandante que faz o avião voar, formar o médico que cura, e ensinar os jornalistas a fazerem perguntas embaraçosas.

O professor não constrói coisas... Ele ‘constrói’ as pessoas que fazem as coisas, ou pelo menos ajuda as pessoas a construírem a si próprias.”

Dizia Immanuel Kant que o homem é a única criatura que precisa ser educada e a educação é a arte de formar os homens; isto é, desenvolver neles simultaneamente as faculdades físicas, intelectuais e morais.

Os animais são resultado de uma fatalidade biológica; mas o homem, conquanto tenha sua porção animal, por sua biologia, é um ser dotado de propósito consciente.

Nesse sentido, o animal-homem é uma entidade ética, capaz de construir, mudar e aperfeiçoar seu pensamento, sua conduta e suas atitudes.

Ortega y Gasset dizia que a vida nos é dada, mas não nos é dada pronta. O homem carrega, para além da sua fatalidade biológica, a responsabilidade de desenvolver o seu projeto de vida de acordo com sua livre escolha entre as várias opções que lhe são oferecidas para buscar a sua felicidade.

Aí está o papel do professor, que não constrói pontes, mas que ajuda o homem a desenvolver a si mesmo, a moldar sua ação e erigir seu edifício intelecto-moral.

O professor é um transmissor do seu saber, que deve deixar ao aprendiz o papel de escolher e construir a sua própria obra.

É na modéstia do seu propósito que o professor tem a nobreza da sua missão.
E vale a pena lembrar a poesia do biólogo chileno Humberto Maturana, feita para um professor do seu filho, que inibia o desabrochar da criatividade da criança querendo impor-lhe um modelo rígido.
A poesia, denominada prece do estudante, pode ser vertida para o português da seguinte forma:

Não me imponha o que você sabe;
quero explorar o desconhecido,
e ser a origem das minhas próprias descobertas.
Que o seu saber seja minha liberdade, não minha escravidão.
O mundo de sua verdade pode ser minha limitação;
sua sabedoria, minha negação.
Não me instrua; vamos caminhar juntos.
Deixe que minha riqueza comece onde a sua termina.
Mostre-se a mim, de maneira que eu possa
subir em cima dos seus ombros, e ver mais longe.
Revele-se para que eu possa ser
alguma coisa diferente.
Você crê que todo ser humano
pode amar e criar;
Compreendo, por isso, seu medo,
quando lhe peço que deixe-me viver de acordo com minha sabedoria.
Você nunca saberá quem eu sou,
se escutar apenas a si mesmo.
Não me instrua; deixe-me ser;
seu fracasso é que eu seja idêntico a você.
“A educação é uma arte particular, que exige vocações muito particulares; exige qualidades morais que não são dadas a todos os homens, tais como sabedoria, firmeza, paciência, vontade e força para dominar as próprias paixões;
Exige profundo conhecimento do coração e da psicologia do ser humano, além do conhecimento dos meios mais apropriados para desenvolver no aluno as faculdades físicas, intelectuais e morais necessárias ao seu crescimento.
A educação é uma arte que precisa ser estudada, do que resulta que o professor é, ele próprio, um eterno aprendiz”.
Vamos nos unir então, pais e professores, para que possamos construir nas mentes de nossos filhos uma estrutura firmada em valores nobres que garantam a construção de um mundo melhor através de uma convivência em bases verdadeiramente cristãs.
Sérgio Avelhaneda